09 agosto 2009

Gotas de solidão


A chuva cai insistentemente lá fora
o Mundo está cinza
o céu negro sem estrelas
a chuva inspira mas não esquece
sempre retorna volta a cair
sentado à janela
por traz de grades
volto a escrever
sem estrelas
sem luz
sem inspiração
a água limpa e sufoca
vozes estridentes lá fora
irritam meu silêncio
pertubam a magia da chuva
que faz harmonicamente
o som da lágrima em excesso
fazendo uma cachoeira
por entre as pedras
na viagem do pensamento
de um ser
que está tão só
quanto um descobridor.

Nenhum comentário: