24 agosto 2009
Infinito de ninguem
Ao término de uma jornada
que não começou
que ainda vai vir
cuidadosamente
em direção à lugar algum
sem saber
à procura de nada
sozinho correndo
em todas as direções
perdido num mar de ilusões
numa jangada de um planeta perdido
num cemiterio de constelações
e planetas destruidos
em círculo
procuro o nada
não sei onde é
que me espera ao fim
que já iniciei
que estou chorando
sou forte
mas a Morte é mais
e ela me espera
não tenho onde me agarrar
vou em direção ao fim
que todos acham
que é o inicio do nada.
Espelho
Sentindo frio
caminhando
de um lado para outro
esperando que você apareça
sem saber o que dizer
sei que descobrirei a resposta
preciso de tua presença
sozinho espero
estou longe
estou ao seu lado
sua presença ao meu
não quero tirar o brilho
quebrar a magia
O tempo parou
estou com frio
corpo quente
mãos geladas
o corpo está tremulo
você me forneceu areia
uma brisa levou a areia do tempo
antes de construir minha prisão
O tempo parou
sinto-me fraco
estou inconsciente
olho para uma pessoa
está escrevendo
parece que a esferográfica
se move de um lado para outro
desenhando formas estranhas
de se comunicar
com alguém que não está
olho nos olhos
o mesmo olhar
não é minha outra parte
sou eu mesmo.
Suas mãos um lago frio
Um ponto no escuro
um briho uma nascente
água cristalina
desviando suavemente
pelas pedras
percorrem grandes caminhos
aumentando a força
sem perder a importância
Existe uma queda
e nela você desce
como uma fina
chuva de lágrimas
em um pequeno lago
frio e sereno como suas mãos
sentado fico à admirar
lágrimas rolarem
de faces que nunca
deveriam chorar
Não choram de tristeza
mas pela alegria
de estarem livres
e descem
contente o rio
Futuro
21 agosto 2009
Importância
Tenho que continuar
nesta trilha a mata é fechada
temos que abri-la com passos curtos
e ainda assim consigo me perder
como um nômade
subindo entre cachoeiras
numa trilha de pedras sem pontas
muitos não levantam
ficam desacordados
sem ninguém
sua essência se esvai em sangue
se misturando com a água
escorrendo por entre as pedras
seu corpo jaz inerte
somente com a presença da natureza
outros conseguem se levantar
com sérias feridas
levanta-se com dificuldade
caminham com passos ainda menores
o tempo ajuda a cicatrizar
com as marcas de uma vida tortuosa
cicatrizes mal fechadas
que voltam a me torturar
acho que o topo está perto
mero espectador trilho outro caminho
pela mata fechada
cruza o caminho das águas
da montanha que chora
quando paro diante das pedras
fico à admira-las entender o seu brilho
consigo levar fragmentos
por essa trilha tortuosa
não consigo ver adiante
passo por ilusões
que se dizem paraísos
escrevo minha caminhada
sem encontrar o que almejo
preciso de alguem que...
caminhe a meu lado
com o coração partido
entre lágrimas que ofuscam seus olhos
sou persistente.
17 agosto 2009
Dependência
O que será
o que acontece
por que dessa frieza
ficas tão longe
solitário
espero por você
meu medo é lhe perder novamente
sei que ficas em dúvida
não conseguimos nos separar
somos muito parecidos
com certeza
o melhor de tudo isso
é o reencontro
nunca sei o que vai acontecer
mas, quando lhe vejo
sinto vontade de fugir
como farei isso sem magoar?
assim mesmo continuamos...
O escritor
Poeta de muitas palavras
descreve fatos
manuscreve idéias
consegue
imaginar
sonhar
tão facilmente
quanto um apaixonado
romancista desde a antiguidade
nunca perdeu o dom de escrever
com a coragem de poucos
consegue
rir, chorar, sofrer
somente com algumas palavras
prende sua atenção
sem levá-lo a lugar algum
lhe deixa interrogações
faz nascer um novo mundo
destrói o seu Mundo
e ainda assim
ser feliz.
16 agosto 2009
Viagem a procura...
Deitado no escuro do meu inconsciente
desrrespeitando todas as leisviajo sem permissão
para lugares nunca antes caminhados
o brilho é uma porta
caminhando sozinho
sem corpo sem vida
somente com a alma
fico vagando
nesta estrada
torcendo para que a encontre
algum dia
e possa sem medo
tocar seu coração
sem que lágrimas viessem a rolar.
09 agosto 2009
Musa
Antes de escrever
lembrei de você
percebi que existe a mesma de antes
ficamos diretos
separados pelo tempo
envolvidos magicamente em um círculo
presente e passado
infelizmente me afastei
por mais que doeu
tive que fazer
não sei o que se passou
fico ao longe à admirá-la
sinto saudade, falta , dependência
sinto muito o sentimento de ter
perdido a chance
bateu a saudade
é incrivel a magia que nos envolve
não sei o sentimento que nos atrai
talvez a dificuldade de lhe ver
sei que vai ler
sei que vai lembrar
não queria escrever
quero simplesmente
não esquecer esta data.
Gotas de solidão
A chuva cai insistentemente lá fora
o Mundo está cinza
o céu negro sem estrelas
a chuva inspira mas não esquece
sempre retorna volta a cair
sentado à janela
por traz de grades
volto a escrever
sem estrelas
sem luz
sem inspiração
a água limpa e sufoca
vozes estridentes lá fora
irritam meu silêncio
pertubam a magia da chuva
que faz harmonicamente
o som da lágrima em excesso
fazendo uma cachoeira
por entre as pedras
na viagem do pensamento
de um ser
que está tão só
quanto um descobridor.
o Mundo está cinza
o céu negro sem estrelas
a chuva inspira mas não esquece
sempre retorna volta a cair
sentado à janela
por traz de grades
volto a escrever
sem estrelas
sem luz
sem inspiração
a água limpa e sufoca
vozes estridentes lá fora
irritam meu silêncio
pertubam a magia da chuva
que faz harmonicamente
o som da lágrima em excesso
fazendo uma cachoeira
por entre as pedras
na viagem do pensamento
de um ser
que está tão só
quanto um descobridor.
Uma história sem fim
Uma floresta
refletida pelos raios do sol
tudo a nossa volta
belo e intrigante
os rios baixaram sua água
os lagos secaram
os animais bateram em retirada
muitos não resistiram a jornada
morreram no caminho
aqueles que acompanham o leito do rio
conseguiram chegar
O vento seco está aumentando
levando com ele as folhas secas
os animais procuram abrigo
nada podem fazer
alem de correr hibernar
Onde existia o verde
somente o branco
mostrando o verdadeiro lado do mundo
deixando-o vulnerável
ficaram simplesmente galhos
onde pequenos animais
não podem esconder-se de seus predadores
O sol renasce agradavel
procurando desabrochar
toda beleza escondida
volto a ouvir o canto dos pássaros
as florestas se renovam
a lagarta aparece
que a tudo destrói
se redime
modifica sua aparência
fazendo parte da paisagem.
refletida pelos raios do sol
tudo a nossa volta
belo e intrigante
os rios baixaram sua água
os lagos secaram
os animais bateram em retirada
muitos não resistiram a jornada
morreram no caminho
aqueles que acompanham o leito do rio
conseguiram chegar
O vento seco está aumentando
levando com ele as folhas secas
os animais procuram abrigo
nada podem fazer
alem de correr hibernar
Onde existia o verde
somente o branco
mostrando o verdadeiro lado do mundo
deixando-o vulnerável
ficaram simplesmente galhos
onde pequenos animais
não podem esconder-se de seus predadores
O sol renasce agradavel
procurando desabrochar
toda beleza escondida
volto a ouvir o canto dos pássaros
as florestas se renovam
a lagarta aparece
que a tudo destrói
se redime
modifica sua aparência
fazendo parte da paisagem.
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